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sábado, 1 de outubro de 2011

The New Olympians - Capitulo 2: Eu e Minha Aracnofobia

Está ai o segundo capitulo da fan fic: The New Olympians, espero que vocês gostem.
Se você quiser ter a sua fan fic publicada aqui em nosso blog também, basta enviar um email para: olympianspi@hotmail.com.

Boa leitura a todos ;)

Para ler o Capitulo 1, CLIQUE AQUI!
Capitulo 2

Eu e minha aracnofobia

Rapidamente eu peguei no sono e, mesmo com aquela confusão toda, foi um sono tranquilo, sem sonhos ou pesadelos. Quando eu acordei, depois de meia hora,percebi que estávamos chegando na rodoviária.
-A gente vai pegar um ônibus até Long Island, é o jeito mais rápido que eu estou vendo para chegar ao acampamento. Eu devia ter trazido algum dracma,aí eu poderia mandar uma mensagem de Íris pedindo transporte...-reclamou Terry,que estava calçado e com seu boné na cabeça(ainda bem,por que um sátiro chama muita atenção).
- Terry, o que é um dracma? - perguntou timidamente Marissa.
- Ah!É a moeda grega, sabe? De ouro e tal. E uma mensagem de Íris é tipo um meio de comunicação...por arco-íris...a gente oferece um dracma para a deusa e se comunica com quem quiser. - explicou.
- Ah ta... É meio estranho...
O ônibus chegou à rodoviária e nós descemos. Terry foi comprar passagens para nós enquanto eu e Marissa ficávamos sentados assistindo TV.
- Quando você acha que eles vão notar a nossa falta?Sabe... o pessoal do orfanato.-perguntei.
- De verdade?Eu acho que nunca!-respondeu Marissa, com armagura. -Eu detestava aquele lugar... Só não tinha fugido ainda por sua causa.
- Minha?
- E do Terry também!-ela completou rápido.
- Pelo jeito a gente nunca vai voltar!-eu falei com um misto de felicidade e receio.
- É... pelo jeito...
Terry voltou com três passagens nas mãos.
- Pronto!Tudo resolvido!A gente vai até a Pennsylvania e de lá a gente pega outro ônibus para New York.


Entramos no primeiro ônibus e a viagem começou. Ficamos até de madrugada viajando, sem nenhuma parada(Terry queria chegar o mais rápido possível), havíamos previsto que em dois dias chegaríamos,mesmo a distância sendo grande. Nós lanchamos um pouquinho no ônibus (eu sempre roubava algo da cozinha pra comer escondido...não é a toa que eu não estou em forma) e descansamos.Quando deu duas horas da madrugada o ônibus chegou na rodoviária da Pennsylvania e nós descemos. O lugar estava quase deserto e tinha um clima ruim,sem falar que estava todo acabado, sujo, pinchado.
Nós fomos atrás de alguma lanchonete e encontramos algo que um dia deve ter sido uma... parecia mais um lata de lixo que vendia comida.O lugar era bastante sujo ,empoeirado e tinha muitas teias de aranha sobre tudo. Pelo menos a vendedora era bonita e bem arrumada, ela estava distraída tecendo um bordado. Eu estava quase desistindo de comer ali, mas a minha gulodice venceu o nojo e eu fui fazer meu pedido junto com os outros.
- Moça... o que a senhorita tem pra vender?-perguntei nervoso.
Ela olhou pra mim com uma cara distraída e ficou me encarando. Do nada ela responde:
-Hambúrgueres e refrigerante!
-Ah... Então me vê três hambúrgueres e três refrigerantes?

Ela foi preparar o lanche e rapidamente voltou. Pelo menos a comida não parecia nojenta como o lugar.
Nós pagamos e caminhamos até um banco próximo e nos sentamos e começamos a comer. Particularmente essa moça cozinhava bem!Então eu me lembrei de perguntar uma coisa que estava me incomodando.
- Terry, por que os outros não perceberam que a senhora Harper era um monstro?Por que eles não ouviram a confusão na cozinha?E por que nunca foi noticiada a existência de algum monstro?
- Então, tem essa coisa chamada A Névoa. Ela é como se fosse um véu que separa o mundo normal do mundo mitológico. Nós que somos parte  do mundo mitológico podemos ver tudo, mas os outros não.Se bem que as vezes a Névoa pode nos confundir também,principalmente os semideuses, que tem ligação com o mundo normal!
- Ah... Entendi...
Após termos terminado de comer tudo (tudo mesmo! O Terry comeu as latas de refrigerante e os lenços...). Marissa pediu pra ir ao banheiro e nós aproveitamos pra ir também. Na ida, olhei pra lanchonete, mas a moça não estava lá... Estranho. Entramos no banheiro imundo (Marissa no feminino, é claro!) e fizemos o que tínhamos de fazer. No instante em que saí da cabine,ouvi um grito enorme. Era Marissa.

Corri pro banheiro feminino, com Terry atrás de mim, e entramos de supetão. Na frente dos espelhos manchados estava Marissa, pálida e com uma cara terrível e na parede do outro lado havia... Dezenas, não, centenas de aranhas de todos os tipos e tamanhos (eu ainda não mencionei que odeio aranhas). E no meio delas estava a vendedora da lanchonete, com uma cara maníaca!
- Semideus, saia!Aqui é um banheiro feminino! - ela sussurrou friamente com um sorriso medonho.
Eu corri para o lado de Marissa e Terry sacou sua espada.
- Quem é você?-perguntei me tremendo de medo. (eu já disse que odeio aranhas?)
- Semideuses... Vocês pagarão pelo que fizeram a mim!Sua parenta idiota, invejosa!Me fez ficar assim...

E a coisa ficou mais estranha. As pernas da moça se deformaram e se dividiram em três pares, sem contar que ficaram cabeludas. Os dentes dela cresceram e viraram algo parecido com pinças. E eu via a maior aranha do mundo surgir na minha frente!Bem... Era meio aranha e meio mulher!Possuía seis pernas e dois braços, somando oito membros e quelíceras saltavam de sua boca. Eu tive que me segurar para não vomitar.
- Sim!Sua parenta Atena!Ela me fez ficar assim, aquela invejosa!Só por que não sabia tecer melhor que eu, Aracne! Mas eu me vingarei e matarei todos os semideuses, aí ela sofrerá!
E avançou. Terry pulou na nossa frente e brandiu a espada espantando o monstro.
- Fujam!-ele disse.
Nós corremos, mas as aranhas correram atrás de nós. A porta estava bloqueada por teias, muitas teias (que eu não faço idéia de onde veio), e elas avançavam para nós. Passamos um bom tempo só nos esquivando delas enquanto Terry batalhava com Aracne.Tínhamos de nos livrar daquelas coisas asquerosas e rápido.Então Marissa teve uma idéia:
- Samuel!A pia!Quebre o cano e deixe a água levar essas aranhas!
- Ok!

Então eu corri para o lado das pias e puxei um cano enferrujado. Ele facilmente se soltou e a água jorrou forte em direção as aranhas que nos perseguiam.Elas foram arrastadas pra longe e pararam de se mover (espero que aranhas morram afogadas).Então ouvi um barulho e olhei pra luta de Terry.Aparentemente Aracne havia o derrubado no chão e estava em cima dele,preparando pra enfiar suas quelíceras em seu pescoço.Sua espada havia caído perto de Marissa,que olhava a cena chocada.
Instintivamente eu corri em direção ao monstrengo e acertei o cano enferrujado em sua nuca. Ela se virou enraivecida e se jogou sobre mim.
- O primeiro a morrer será você! - sussurrou sobre mim.
Do nada aquelas aranhas asquerosas que estavam mortas (eu acho) começaram a caminhar para onde eu estava e começaram a subir em mim!Eu olhei para o lado e vi Marissa aterrorizada, Terry estava meio que imobilizado e Aracne estava em cima de mim babando. As aranhas começaram a tecer teias muito rápido e me prenderam fortemente.
- Sabe que aranhas digerem a presa antes de comer? - disse Aracne com as quelíceras perto do meu pescoço.
Senti que iria virar jantar daquelas aranhas. Minhas esperanças se reduziam cada vez mais ao sentir que estava praticamente todo recoberto de teias (o fato de eu amar aranhas só ajuda né?).

Mas antes que pudesse fazer algo, Marissa inesperadamente apareceu com a espada de Terry na mão (não me pergunte como foi que ela aprendeu a manusear uma espada tão bem, mas naquele momento a vi como uma verdadeira heroína) e após brandir um grito desbravador cortou a cabeça de Aracne. A criatura soltou um guincho altíssimo e se dissolveu em pó. As aranhas e a teia que me prendiam também sumiram, assim como a teia que bloqueava a porta. Eu me levantei muito aliviado e dei um abraço em Marissa.
- Muito obrigado. -disse.
- Não há de quê. -ela respondeu.
Terry se levantou meio tonto, mas parecia estar bem.
- Que coisa horrível!Mais monstros!Eu sou mesmo um desastre!-Terry falou desanimado.
- Se não fosse por você, nós já estaríamos mortos no orfanato. -Marissa comentou e eu assenti com a cabeça.
- Muito obrigado a vocês, sempre me animando... -ele disse- Mas vamos. Temos que pegar o próximo ônibus logo!Com essa confusão o tempo passou bem rápido.

Saímos daquele banheiro horrível e nos dirigimos ao terminal de ônibus e, felizmente, ele já estava lá. Entramos e nos acomodamos sujos, suados e cansados, mas felizes. Estávamos próximos do nosso destino final, e isso era um alivio tão grande que nenhuma aranha gigante poderia nos preocupar. Próxima parada: Acampamento Meio-Sangue!